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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O Bonito e o Belo

A Espiritualidade é mais que estar em sintonia com o Divino. Não é compreendê-lo, mas admitir que Seus planos são perfeitos, aceitando-os e atingindo com isso a paz interior e o ápice da felicidade. Não é considerá-lo inatingível por Sua grandeza, porém ter sensibilidade de que pode-se alcançar a Deus dentro de si mesmo. Não é achar que o sublime está somente no Céu, e sim observar que também se faz presente entre a humanidade de maneira mais simples possível: no que é ‘belo’.  

Partindo disso, não se dá o devido valor ao belo. Vive-se em uma Era em que o bonito “é o que há”. Assim como tudo o que é passageiro, o bonito de hoje, será o ridículo de amanhã. O próprio significado da palavra já diz que bonito é o que agrada aos sentidos, sem ser propriamente belo. É humano, transitório e ditado conforme os costumes e hábitos da sociedade. O maior exemplo disso seria a moda, no seu ciclo instável e crítico.

Já o belo significa que possui forma perfeita ou proporções harmônicas; que é elevado e sublime. É divino, diretamente desejado por Deus, constituído de valores e permanente, passando-se por séculos, gerações ou eras ao longo dos tempos. Pode-se dizer que a forma mais propícia de identificar se algo é benévolo seria observando se é belo ou não. No plano terrestre, o belo comprova a constante presença do Todo-Poderoso entre a humanidade, e o mais incrível, está tanto nas coisas mais simplórias do cotidiano (como cita a bela a poesia abaixo), quanto nas mais arrojadas, na diversidade e no sacrifício humano de ir além de sua capacidade ao criar, transformar e cultuar. 

Com isso, cabe a nós, em nossa humildade discernir ambos. Não é mau achar bonito o bonito. Infeliz é não enxergar o belo – apesar de estar em todas as partes – ou não reconhecê-lo como sublime: este não chega até Deus; não vive espiritualmente em paz. E é isso que está em extinção no mundo. 

Ao me deparar com uma árvore frondosa
De tronco altivo e folhas vistosas
Uma dúvida surgiu em minha mente
Cravou em mim como uma semente

E como a semente, início daquela visão
Refleti sobre a emergente questão
O que é a beleza, em sua essência?
O belo, o bonito... alguma coincidência?

Era, de fato, uma bela pergunta a se fazer
Aquela paisagem bonita de se ver
Me pôs a pensar em dois conceitos
Mas com um olhar cada vez mais estreito

Quando percebi o caminho que tomava
Voltei à imagem onde eu estava
E vi que não podia reduzir desse jeito
A beleza a um simples conceito

É belo aquilo que muito encanta
Até mesmo o pássaro que canta
Com sua simplicidade e beleza
É belo em sua mais alta pureza

A arte da vida, em todas as suas formas
Mostra sua perfeição em tudo que forma
E a natureza, essa fúria indomável
É um palco com decoração louvável

Olhando aquela árvore diante de mim
Guardei meus pensamentos, enfim
Por que buscar tantas definições
Se posso apenas admirar as atrações?


Por: Aelson Michelato Filho” (Texto) e Rodolfo Mair Coelho (Poesia)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

As Potencialidades da Alma

“Escuta-me, ó Homem! Tens tudo dentro de ti próprio. No mais intimo do teu Ser residem as faculdades que Deus te deu para que te sirvas dela”. Oscar Wilde.



Todo homem tem dentro de si faculdades que a própria Divindade, em sua Sabedoria nos concede, é como uma pedra preciosa que precisa ser descoberta e lapidada.

Devemos nos colocar a procura dessa pedra preciosa, realizando em nós a busca dessas faculdades que o Senhor da Vida nos concedeu. É Com o conhecimento e entendimento dessas faculdades que nos sentiremos plenos em nosso íntimo, encontrando assim a verdadeira felicidade.

A essência da felicidade não é algo exterior, mas sim fruto de um trabalho interno, de autoconhecimento.

Peçamos ajuda ao Pai Celestial para que possamos realizar esse autoconhecer, esse conhecer-se a si mesmo.

É através da busca do nosso Eu Verdadeiro que alcançaremos a verdadeira felicidade na terra.

Basta um movimento incessante nosso para que cada uma dessas faculdades seja descoberta e cultivada.

Jesus em seu Evangelho nos diz: “Vós sois deuses”, afirmando ainda que poderíamos se tivéssemos fé e não hesitarmos fazer obras maiores do que ele fez.

Assumamos o nosso papel de Herdeiros de Deus e Coerdeiros do Cristo.

Ele nos convida a descobrir em nós essas potências inerentes à nossa alma, ao nosso espírito.

Silenciemos pois, para que possamos ouvir esse chamado de Cristo em Nós.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A Trindade Santa


        Para compreender melhor sobre o Cristianismo, deve-se começar por sua principal – e misteriosa – doutrina: a Santíssima Trindade. Como o próprio nome diz, é formada por três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que são o próprio Deus.

- O Pai é o CRIADOR e princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis. Citado desde o livro do Gênesis, é D’ele que vimos e para Ele que retornaremos. É o próprio amor, justiça e verdade. Sua ênfase como sendo o “Pai Nosso” é apresentada por Jesus nos trazendo a confirmação de que somos Seus filhos e criaturas amadas, pertencemos a Ele. É que cultuado e adorado por todas as religiões monoteístas.

- O Filho é o SALVADOR. Jesus Cristo, base de toda doutrina Cristã, é considerado além de mestre e messias, o Emanuel (Deus conosco), que veio para livrar-nos dos nossos pecados por meio do sangue derramado por Sua crucificação e, a partir disso, nos deixar a certeza da Ressurreição. Marca a renovação de um Era, tanto religiosa quanto histórica e filosófica devido o Seu reconhecimento.

- O Espírito Santo é o CONDUTOR da humanidade, o Espírito de Deus que habita todos os lugares durante todos os séculos. Ele falou pelos Profetas, esteve com Jesus de seu nascimento até a sua ressurreição e afirmou Sua grandiosidade no dia de Pentecostes, em que fez dos medrosos Apóstolos, corajosas testemunhas de Cristo. Atualmente  possui um amplo prestígio, principalmente entre as Igrejas Pentecostais e Neopentecostais e na Renovação Carismática Católica.

Mistério complexo de se entender em que três pessoas formam uma só divindade. Provavelmente jamais será perfeitamente compreendido por nós, humanos, pois nossa capacidade de raciocinar, é limitada. Estamos limitados, por exemplo, a um determinado tempo e espaço, criados por Deus.

Assim como os animais de um modo geral, em que, por mais inteligentes que forem, nunca terão raciocínio o suficiente para falar ou realizar qualquer outra atitude exclusivamente humana, nosso intelecto também é restrito. O enigma do Deus Trinitário está acima da nossa racionalidade, pois quem criou a mesma, foi a própria Trindade.

Porém, segundo o Catecismo da Igreja Católica, reconhecemos a razoabilidade desse mistério ao aceitarmos tal revelação. Isso se dá somente conhecendo-se o Pai através do Filho: “Ninguém vai o Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Eu estou no Pai e o Pai está em mim.” (Jo 14, 6-7; 11). Assim também o Espírito Santo através do Filho, chamando Este à vida terrena no ventre da Virgem Maria (Mt1,18), que O atestou como Filho amado (Lc 3,22), O conduziu (Mc 1,12) e O vivificou até o fim (Jo 19,30), expirando-O na cruz e, após a Sua ressurreição, doou-O aos Seus discípulos (Jo 20,22).

            Quando Deus decidiu-se por Si, visando o Seu amor a Seus filhos,  mostrou-nos que “Ele não é solidão, mas perfeita comunhão”, como disse o Papa Emérito Bento XVI. Se Ele fosse só e solitário, não poderia amar desde toda a eternidade. Com o simbolismo do número três, Ele nos confirma Sua infinita grandiosidade e perfeição, utilizado em muitas crenças e culturas como o algarismo da perfeição.

Como uma simples forma de esclarecer tal Dogma, podemos tomar como exemplo de comparação a substância mais pura e necessária para a sobrevivência: a água. Coincidentemente – ou não – ela possui três estados, representado pelo gelo, pela água propriamente dita e pelo vapor. São três formas completamente diferentes de uma mesma substância, formulação química e essência – assim como a Trindade. Indo ainda mais a fundo, o gelo melhor representaria o Filho, que toma uma forma sólida e concreta – no meio de nós. A água líquida, o Pai, que, por sua maleabilidade é capaz de estar em todos os lugares – em todas as diferentes religiões e credos monoteístas. Já o vapor, simbolizaria o Espírito Santo que, apesar de também estar em todos locais, muitos simplesmente ignoram a sua existência, porém sem ele a interferência dele não haveria o clima amenizado – não haveria a paz. Talvez por isso utiliza-se a água para sermos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Como aspecto último dessa análise, por toda a Sua perfeição, podemos sempre nos lembrar que a Trindade Una é completa porque é Amor. Já dizia Santo Agostinho que, onde existe Amor existe a Trindade: um que ama, um que é amado e um que é fonte de amor. 

A Perfeição da Santíssima Trindade se completa pelo amor e por amor

Por: Aelson Michelato Filho"

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Da Criação ao "Novo Mundo"

Parte III: Do fruto proibido ao Verbo Encarnado



No início, Deus criou Adão e Eva. Simbolicamente dizendo, Eva conduziu Adão a pecar comendo, junto à ela, o fruto proibido. Passagem conhecida como o pecado original, em que, a partir disso, toda a humanidade fora corrompida e deixou-se pecar.

Nós, humanos, fomos criados por Deus que é o extremo da bondade e santidade e, com isso, não poderia nos criar de outra forma, a não ser santos e bons. Independente do pecado original, possuímos nossa essência boa e santa, mas, a partir dele, conhecemos o pecado e passamos a comete-lo ao longo de nossa vida. Passamos então a ser “marcados” pela culpa e, com isso, a ter uma tendência natural em ser atraído pelo mal.

Porém, como bom Pai, Deus nos enviou Jesus Cristo, seu filho, nascido do ventre de Maria Imaculada – sem mácula, ou seja, única mulher a nascer sem o pecado original – para nos livrar do pecado. Uma Nova Era então começaria, em que Jesus nos trouxe a salvação e a santidade, que nos foi tirada pelo pecado cometido por Adão e Eva.

Analisando essas duas fases marcantes da humanidade, percebe-se que em ambas possuem um homem e uma mulher. Na primeira, como já dito, a mulher é aquela que veio para trazer consigo o pecado, que Adão cometeu, para corromper a humanidade. Já na segunda, a Mulher é aquela que veio para trazer em seus seios a Salvação, que é Jesus Cristo, para renovar e santificar a humanidade. O fato de a primeira chamar Eva e a segunda Ave – Ave-Maria – mostra que uma trouxe uma missão totalmente contrária à outra, assim como seus próprios nomes. Não é mera coincidência, mas sim o amor de Deus e a Sua misericórdia por nós que fez Ele reatar toda essa tendência e capacidade nossa em não sermos corrompidos.

O fato de nós, católicos, darmos essa atenção especial à Nossa Senhora é por reconhecermos que como o pecado veio pela mulher e, consequentemente pelo homem, assim também a nossa salvação só poderia vir pela Mulher das mulheres e, nascido dela, pelo Homem dos homens. Por isso, a salvação só poderia vir de uma mulher imaculada.

Não obstante, por Sua dimensão tão misericordiosa para conosco, Deus nos salvou pela crucificação de Cristo, em que morreram ali todos nossos pecados e não Ele, que ressuscitou.  A partir disso, o mal fora derrotado e, apesar de nossa “marca” pela culpa não deixar de existir, Deus, com esse ato de amor, nos deixou a possibilidade de continuarmos a prosseguir nossas vidas com a mesma essência que Ele nos criou: boa, pura e santa.

Por: Aelson Michelato Filho"


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Da Criação ao “Novo Mundo”

Parte II: A Evolução, segundo Deus

Seguindo-se a linha da parte I, outro assunto tratado é a criação do ser humano como se conhece atualmente. De um lado, prevalece para a Ciência a Teoria de Darwin, que todo o ser vivo possui algum ancestral e, a partir disso, foi se evoluindo formando assim as espécies diversas porém semelhantes de alguns seres. No caso do ser humano, possui um ancestral em comum com o macaco. É notório por evidências arqueológicas que o ser humano realmente passou por um processo evolutivo, tanto físico como racional.

O que novamente não se conseguiu comprovar – e também nunca se conseguirá – é como se dá a origem da Evolução, já que esse processo é uma tese Teológica e se dá pela vontade e intervenção do Criador.

            A diferença básica entre os outros seres vivos e o ser humano é a capacidade que este possui de raciocinar e, consequentemente, de ter uma alma. Com isso, pode-se dizer que houve um processo de evolução na racionalidade humana para se chegar até o genial intelecto atual, se comparado ao nosso ancestral, realizado por obra de Deus. Nesse processo, houve um limite em que esse ancestral adquire raciocínio o suficiente para ser considerado um ser diferenciado, e ganha uma alma, deixando de ser apenas mais um ser vivo. A partir desse momento, Deus apresenta Adão, primeiro ser evoluído suficientemente para ser chamado de homem.

            Nesse mesmo contexto, o conceito de alma deve ser considerado como sendo o princípio espiritual no homem, imortal e sendo ela diretamente criada por Deus à sua imagem, ou seja, de possuir a mesma liberdade e poder de raciocínio do Criador, podendo ser julgado de acordo com suas atitudes. Por isso, o ser humano é o único a possuir alma.

A partir disso, conclui-se então que sem a intervenção de Deus não haveria o processo de humanização a partir de um certo ponto da evolução.

            O sentido bíblico do Livro de Gênesis nos remete também a uma simbologia de que fomos de certa forma criados - à partir da evolução de nossa espécie -  e planejados por Deus como humanos no momento em que Ele viu que o mundo estava preparado para receber seres à Sua imagem e semelhança. Não no sentido de sermos iguais ao Criador em corpo ou até mesmo em espírito, mas no sentido de que somos aptos e desenvolvidos o suficiente para comandarmos o mundo, amarmos uns aos outros e usufruir de nossa inteligência, que é única e exclusivamente humana.

O uso do barro nessa criação traz o simbolismo de que somos partes de Sua natureza, que somos flexíveis e maleáveis, que fomos moldados pelas “mãos” desse Criador. Sem essas “mãos” o barro seria inútil. Já o fato de Eva ter sido criada através da costela de Adão, simboliza esse elo entre o homem e a mulher, a união da humanidade, em que todos nós estamos interligados, somos irmãos e dependemos um do outro. 

Por: Aelson Michelato Filho"

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Da Criação ao “Novo Mundo” 


Parte I: Criacionismo, segundo o Evolucionismo

“Um pouco de Ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima”

 Já dizia o cientista francês Louis Pasteur. Há quem diga que Fé e Ciência nunca entrarão em acordo, se divergem, são opostas, assim como a Teoria Criacionista e Evolucionista: um equívoco.

            Fé e Ciência devem andar juntas, pois o ser humano é feito de corpo (aspecto científico) e alma (aspecto teológico), de dimensões espirituais e temporais, onde cada uma deve desenvolver suas teses, sem se misturarem. Assim como a Ciência nunca conseguiu provar que Deus não existe – e nunca conseguirá provar, pois Deus é uma tese Teológica – a Teologia nunca conseguiu provar que o processo científico é resultado de fé – e também nunca conseguirá, consequentemente, porque o processo científico é baseado em hipóteses, experiências e teorias materiais. Porém, elas se complementam totalmente, como, por exemplo nas Teorias da Criação e da Evolução; segue adiante:

            Baseado no Catecismo da Igreja Católica, o Criacionismo é precedido pelo Evolucionismo e vice-versa.

Houve um processo claro e comprovado cientificamente, que o início do mundo é o resultado de uma explosão em que micropartículas da matéria acumulada, devido a um elevado aquecimento de temperatura, liberaram energia, se expandiram e transformaram-se no universo que se conhece hoje – se é que pode-se dizer que se conhece – o “Big Bang”. Inclusive, para se provar que Ciência e Fé andam juntas, foi proposto por Georges Lemaître, sacerdote católico. Esse aquecimento de temperatura da matéria foi, sem dúvidas, as mãos do Criador, para se concretizar o seu maior desejo: a criação do Universo. A tese de como ocorreu essa elevação de temperatura, a Ciência não conseguiu provar – e nunca conseguirá – pois é um assunto Teológico.

A interpretação bíblica que se dá para os primeiros capítulos do Livro Gênesis, que Deus teria criado o mundo em sete dias, atribuindo a cada dia uma nova etapa para a Criação, é um relato simbólico, em que os sete dias significa a perfeição do Criador e de sua Criação. Já cada etapa de cada dia, simboliza a noção de tempo, também criada por Deus. O descanso de Deus também é simbólico, pois Ele não cansa, mas nos remete que o descanso é tão importante quanto o trabalho e a disposição. 

Por: Aelson Michelato Filho"


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ESCLARECIMENTO



Após algum tempo resolvemos mudar a proposta de nosso blog, em realidade não é uma mudança, mas sim um complemento de nosso objetivo, da nossa meta.

Pensando assim colocamos as seguintes considerações:

Falamos sobre espiritualidade e tal, e espiritualidade é um sentimento inerente à natureza humana.

Portanto nossa proposta é de união, devemos nos unir, seja nós Católicos, Evangélicos, Espíritas, Espiritualistas, Esoteristas, Rosacruzes e etc.

Essa união tem o objetivo de falarmos sobre o bem proceder.

A Moral em sua essência independe das religiões.

A Lei é uma em suas diversas manifestações.

Se analisarmos a fundo a essência de todas as religiões concluiremos que é a mesma.

Para Deus não existe católicos e evangélicos, espíritas e umbandistas, espiritualistas e ateus.

Para o Pai Celestial há filhos, uns que andam pelo caminho justo, ligado ao bem e os outros que por enquanto são injustos e caminham desse modo, podendo aqui e agora mudar o seu proceder.

Busquemos, portanto a união entre todos independente de credos religiosos, mantendo-nos unidos.

Essa é a proposta de fraternidade universal entre todos os filhos do Altíssimo.



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Igreja Católica Reconhece Comunicação com Espíritos II

Há algum tempo postei sobre a comunicação pela mediunidade de Carlos Pereira, do nosso Dom Helder Câmara, resolvi repartir, embora tardiamente aquela postagem em duas, para melhor compreensão dos leitores. Abaixo temos a entrevista que o editor fez com o Espírito de Dom Helder Câmara.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:

Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?

Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.

Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?

Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.

Como é sua rotina de trabalho?

A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.

Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?

Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.

O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas?

Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.
Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.

O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?

Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.

Mediunidade – Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?

Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?

Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram.. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.

Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?

Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.

Por que Dom Helder é quem está escrevendo?

Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem “acabou-se”. Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.

Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?

Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram
nas suas atividades.

Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?

Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.

O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?

Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?

Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.

Igreja – Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?

Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.

Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?

Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração.

Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária
para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.

O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?

Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que
possível, colocá-los em prática.

Espíritas no futuro?

Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.

Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?

Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades.
Então, dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.

Amor – Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte?

Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.

Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?

Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.

Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?

Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.“

domingo, 3 de agosto de 2014

Reverencia pelas Coisas Sagradas



Primeiramente, temos que entender o que quer dizer reverencia.

Fui até o dicionário e pesquisei o que quer dizer essa palavra, encontrando o seguinte:

Reverencia quer dizer respeito, consideração.

É dever de todo homem de bem prestar reverencia à Deus, ao Criador de todas as coisas.

Deus a todo momento em nossa existência, como seres imortais, nos concede inúmeros motivos, se assim posso me expressar para que O reverenciemos.

Pensando nisso, meus irmãos, a cada amanhecer elevemos o nosso pensamento ao Pai Celestial agradecendo a ele nos ter concedido por mais um dia, a Vida, Sagrada concessão da Divindade para o nosso melhoramento.

Por ternos concedido a família que nos abençoa o destino, por nossos amigos que nos abençoa a existência.

Enfim, pelos inúmeros momentos que Ele nos concede para o nosso aprendizado na Terra.

Façamos desse momento, uma conversa que devemos manter com Nosso Pai que está nos Céus.

Ele, a Inteligência Suprema e a causa Primeira de todas as Coisas nos ama, e esse amor é sem limites.

Reverenciemos as coisas sagradas, à Deus a cada amanhecer e anoitecer, a todo o instante.

Agradecendo sempre pelo dia e noite que ele nos concede viver.

Ainda há, meus irmãos. outra maneira de reverenciar e respeitar à Deus além dessa conversa que devemos ter com nosso Pai.

A outra maneira que falo é simplesmente amá-lo através do nosso próximo.

Amemos o nosso próximo. amemos o nosso semelhante e todos aqueles que nos acompanham os passos nos caminhos do mundo.

É necessário que saíamos da acomodação, do comodismo que estamos inseridos.

Deus quer que nos amemos e essa Paz que tanto procuramos só se fará quando estiver habitando em nós, em nossos lares e por fim em toda a nossa sociedade.

Como disse Madre Tereza de Calcutá quando perguntaram a ela:

O que fazer para promover a paz no mundo?

Ela simplesmente responde: "Vá para casa e ame sua Família".

Prestemos assim reverencia pelo Sagrado e encontraremos a Paz, o amor que devemos ao que João, o Evangelista chamou: Amor e Jesus, nosso modelo e guia nos ensinou a chamar simplesmente "Pai".

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Consciência e Ecologia

“O Céu é meu Pai, ele me gerou. Tenho por família toda esta
corte celeste. Minha Mãe é a grande Terra. A parte mais alta de sua
superfície é sua matriz; lá o Pai fecunda o seio daquela que é sua
esposa e sua filha”. Poema Védico


Eis o que cantava o poeta védico há quatro ou cinco mil anos atrás e é sobre esse trecho que iremos fazer nossa reflexão.

Essas palavras podem soar estranhas a primeiro momento, mas se a analisarmos em profundidade iremos ver que ela nos apresenta a dupla natureza do ser humano, digo sua natureza divina e terrena.

Digo isso pois todos nós somos filhos do Céu e da Terra ao mesmo tempo.

Filhos do Céus pela nossa alma e Filhos da Terra pelo nosso corpo.

Prestem atenção, "O Céu é meu Pai, ele me gerou. Tenho por família toda esta corte celeste"

Há aqui ainda além da Paternidade do Pai Celestial, o principio de fraternidade que deve ter cada um dos seus filhos, pois tudo o que nos cerca é nossa família e por isso mesmo estamos interligados entre si.
"Minha Mãe é a Terra"
Aqui vou utilizar um trecho do Evangelho Essênio da Paz que diz o seguinte:
“Vossa Mãe está em vós, e vós nela. Ela vos ilumina e ela vos dá vida. Foi ela quem deu
vosso corpo, e a ela devolvereis algum dia...
 “O sangue que corre em vós nasceu do sangue de nossa Mãe Terrestre. Seu sangue cai das
nuvens, brota no seio da terra, murmura nos regatos das montanhas, flui espaçosamente
nos rios das planícies, dorme nos lagos e se enfurece nos mares tempestuosos.
 “O ar que respiramos nasceu do alento de nossa Mãe Terrestre. Sua respiração é azul celeste
nas alturas dos céus, silva nos cumes das montanhas, sussurra entre as pétalas do
bosque, ondeia sobre os trigais, dormita nos vales profundos e abrasa no deserto.”
 “Em verdade vos digo que o Homem é Filho da Mãe Terrestre, e dela recebeu o Filho do
Homem em todo seu corpo, do mesmo modo que o corpo recém-nascido nasce do seio de
vossa mãe. Em verdade vos digo que sois unos com a Mãe Terrestre; ela está em vós e vós,
nela. Dela nascestes, nela viveis e a Ela de novo retornareis. Guardai portanto Seus
mandamentos, pois ninguém pode viver muito nem ser feliz senão aquele que honra sua
Mãe Terrestre e cumpre Suas leis. Pois vossa respiração é a Sua respiração, vosso sangue,
Seu sangue, vossos ossos, Seus ossos, vossa carne, Sua carne; vossos intestinos, Seus
intestinos, vossos olhos e vossos ouvidos, Seus olhos e Seus ouvidos.”
Devemos entender meus irmãos que todos nós somos unos com a Terra, tudo que fizermos a ela retornará a nós. Portanto vamos cuidar da Nossa Mãe Terra para que possamos contribuir na preservação do seu seio que nos acolheu e que nos amamentou e amamenta até hoje. Cuidemos da Mãe Terra, ela que tanto nos abençoa sem pedir nada em troca. Cuidemos do nosso Lar. 

domingo, 29 de junho de 2014

Disciplina



Todo o universo é disciplina.

Vejamos os astros e sua pontualidade em fazer os seus movimentos, sendo tudo resultado de uma Disciplina Maior.

Se ocorresse o contrário em vez de encontrarmos a Ordem, encontraríamos por toda a parte o caos.

E isso não ocorre.

A disciplina estabelece a ordem e esta por sua vez sustenta o progresso.

Lembremos da Bandeira Nacional Brasileira e o seu Sagrado Lema, "Ordem e Progresso", nos afirmando que um está unido ao outro.

Tudo em nossa volta nos exige disciplina, pois ela como tantas outras é Lei da Natureza.

Digo que é Lei da Natureza , pois vemos a disciplina por toda a parte, inclusive na vida dos insetos.

Observemos as abelhas e as formigas em sua luta pela vida, pondo em execução simples regras da disciplina.

Também a vemos em um programa de trabalho, num método de ação constituindo disciplinas que devem presidir as atividades.

Os empreendimentos vitoriosos são aqueles que se firmam em bases disciplinares.

É a disciplina que educa o Espírito Imortal, economiza, reduz o esforço e aumenta o rendimento do trabalho, dando-lhe através de medidas disciplinares, a eficiência e o aperfeiçoamento.

Toda e qualquer organização se baseia na disciplina.

É a disciplina que põe ordem aos nossos pensamentos, coordenando a nossa argumentação e estabelecendo a escala para as tarefas e ocupações, nos conduzindo assim a conclusões seguras, no desempenho de qualquer atividade.

O individuo indisciplinado se prejudica, quando nele se constatam gestos de desperdício de energia, inconstância de vontade e irregularidade de ação.

O indisciplinado é, geralmente, impontual - impontualidade, outra característica que contraria a boa formação moral.

O individuo indisciplinado, além de ser desorganizado, comete o abuso de faltar com o respeito a si mesmo, pois é descuidado com a sua pessoa e desatencioso na convivência social, pela força do hábito de não manter em dia os seus compromissos.

A própria espiritualidade reclama a presença da disciplina na interpretação dos seus postulados.

Os horários, os tratamentos médicos, as dietas, enfim tudo está em a disciplina.

A vida disciplinada é uma garantia para a nossa saúde e para o nosso progresso.

Concluindo, o Ser disciplinado inspira por onde for o respeito e o acatamento.

***

Sede pois meus irmãos, disciplinados, pois cumprindo essa lei tudo tens a ganhar com isso!

domingo, 22 de junho de 2014

Ajudando Uns aos Outros





Na vida deve haver compreensão para tirar-se dela aquilo que tenha real valor, ajudando-se uns aos outros, cooperando assim, mutuamente, como criaturas inteligentes, úteis, produtoras,prestativas, pois essa é a forma de suavizar a luta pela vida.

Na família o pai, à procura do pão de cada dia, pelo trabalho produz, para que não falte nada à família, para que ela seja feliz. A mãe, por seu turno, vive no constante labor, sempre ativa, alegre, disposta, procura atender às necessidades do lar, colabora dentro dele com o marido e, assim, cria um lar digno, incutindo nos filhos o amor ao pai e ao trabalho.

E os filhos, obedecendo aos conselhos do pai e da mãe, estudam e crescem de modo a fazer o lar paterno cada vez mais feliz.

Toda mãe que o sabe ser vai incutindo nos filhos o amor pelo trabalho, para que não encarem o trabalho como um sacrifício, mas, sim, como uma necessidade para a criatura poder ser feliz.

Na oficina, nas fábricas, na lavoura, em todos os ramos da atividade humana, o homem trabalha e produz, cooperando assim para grandeza da Nação e desenvolvimento da vida neste planeta. O espírito tem grande tarefa a desempenhar na Terra; em tudo se vê a sua grandeza ou pequenez.

Desde nos grandes centros até nos lugarejos, a vida está em ação evolutiva.

Em tudo, o homem coopera com a sua inteligência desenvolvida, com o seu raciocínio lúcido, tornando, assim, a vida mais suportável, mais leve, mais diáfana, mais feliz. É na ajuda de uns aos outros em todos os ramos da atividade humana que se nota a espiritualidade dos seres. Nos que mantêm a ordem pública, até às grandes organizações, em tudo se observa a evolução da vida, a irradiação do Grande Foco, dessa Inteligência Universal que dá força e coragem ao homem para enfrentar todas as vicissitudes, para ativar o progresso.

Todos, pois, devem procurar viver e agir com lisura nas suas obrigações, pois, assim agindo, haverá felicidade relativa, haverá entendimento e uma satisfação que só pode sentir aquele que tem a certeza de que cumpre o seu dever; e esse dever é cumprido quando o ser presta obediência às leis comuns e naturais que tudo regem.
***
Provai que felizmente, nem todos estão corrompidos, que nem todos cosem com a mesma linha.

Que há ainda alguém que pugna pelo respeito, pela dignidade da família, pois é preciso respeitar a família, porque quem respeita a família, respeita a Pátria e a sociedade, e quem assim procede é um cidadão digno de respeito e de consideração

domingo, 8 de junho de 2014

A Consciência e a Lei

“A Consciência nunca nos engana e é a verdadeira guia da
humanidade. Ela é para a alma o que o instinto é para o
corpo; quem quer que a siga persegue o caminho direto da
natureza e não necessita temer estar desorientado.”
Jean Jacques Rousseau, Filósofo francês


A consciência todos nós temos, absolutamente todos.

Ela é inerente a natureza humana e é sagrada ferramenta de que todo homem deve saber utilizar.

Ela é guia e não nos engana.

E por ser guia, segundo o ensino dos espíritos superiores, é na Consciência que está toda Lei de Deus, portanto todos nós sabemos quando estamos fazendo a coisa certa ou errada pois ela sempre nos acusa.

Deus em sua infinita bondade, Pai de toda a humanidade, não deixou um ser humano sequer sem essa sagrada guia, com a qual não devemos nos desviar do caminho reto e digno.

A consciência é para a alma e será sempre a Lei de Deus em nós.

Quem a segue não tem necessidade de temer o porvir, pois está cumprindo a Lei que nos abençoa os destinos.

domingo, 25 de maio de 2014

A Rosa e a Lei

“Desenvolvemos a rosa da alma por meio da cruz das existências físicas, até oponto em que a rosa desabrocha plenamente e seu perfumeinunda o universo...Então é a Iluminação e o serviço consciente no Grande Projeto Universal.”– Raymund Lebell, Rosacruz



Esse pensamento de Raymund Lebell nos traz muitas reflexões a respeito da nossa evolução pela matéria.

Consideramos que somos almas ou espíritos, você querido leitor, escolha.

É apenas uma questão de palavras.

Os amigos espirituais nos dizem que evitaríamos muitos aborrecimentos se nos entendêssemos a esse respeito.

Pois Há o Corpo material, mas nós não somos apenas Matéria.

Nossa Consciência não é esse corpo, ela sobrevive para além dele.

Entendendo isso, podemos seguir com a nossa reflexão.

Vamos desenvolvendo “a rosa da alma”.

E o que seria a Rosa da alma?

A meu ver a Rosa da Alma é a essência divina que existe em nós.

Deus nos Criou perfectíveis cabendo a nós o progresso da verdadeira essência.

E onde se dá esse desenvolvimento?

Se dá na matéria, toda vez que reencarnamos a fim de progredirmos através das várias existências , O nosso verdadeiro Eu.

Nossa verdadeira essência que está em estado de semente dentro de nós, necessitando de cuidados, de amor e de conhecimento para que ela desabroche.

E de existência em Existência vamos liberando o perfume da rosa, que seria o aperfeiçoamento, o progresso , fruto dos conhecimentos que formos adquirindo através das eras.

Entendendo assim que o progresso nos levará ao conhecimento das Leis Divinas que regem todo o universo, no passado e sempre!

Desse modo vamos colaborando com Deus e com nossos outros irmãos que também estão à serviço para que se cumpra por todo o Universo, A Lei.

terça-feira, 13 de maio de 2014

A Virtude



A virtude não é veste de gala para ser envergada em dias e horas solenes. Ela deve ser nosso traje habitual.

A virtude precisa fazer parte de nossa vida, como o alimento que ingerimos cotidianamente, como o ar que respiramos a todo instante.

A virtude não é para ostentação: é para uso comum. É falsa a virtude que aparece para os de fora, e não se verifica para os familiares. Quem não é virtuoso dentro do seu lar, não o será na vida pública, embora assim aparente. Ser delicado e afável na sociedade, deixando de manter esses predicados em família não é ser virtuoso, mas hipócrita.

A Virtude não tem duas faces, uma interna , outra externa: ela é integral, é perfeita sob todos os aspectos e prismas.

Não há virtude privada e virtude pública: a virtude é uma e a mesma, em toda parte.

O hábito da virtude, quando real, reflete-se em todos os nossos atos, dos mais simples ao mais complexo, como o sangue que circula por todo o corpo.

As conjunturas difíceis, as emergências perigosas, não alteram a virtude quando ela já constitui nosso modo habitual de vida.

A virtude assume as modalidades necessárias para se opor a todos os males, sem prejuízo de sua integridade. Há um matiz para resolver cada caso, para se opor a cada vício, para vencer cada paixão, para enfrentar cada incidente; mas sempre, no fundo, é a mesma virtude. Ela é como a luz, que, iluminando, resolve de vez todos os obstáculos e tropeços, franqueando-nos o caminho. Possuí-la é suave e doce. Praticá-la é fonte perene de infindos prazeres. A dificuldade não está no exercício da virtude, mas na oposição que lhe faz o vício, que com ela contrasta. É necessário destronar um elemento, para que o outro impere.

O vício não cede o lugar sem luta. A virtude nos diz: eis-me aqui, recebei-me, dai-me guarida em vosso coração; mas lembrai-vos de que, entre mim e o vício, existe absoluta incompatibilidade. Não podeis servir a dois senhores.

A verdadeira religião é a da virtude. Fora da virtude não há salvação. "Vós sois o sal da Terra", disse Jesus aos seus discípulos. Se ele hoje viesse ao mundo reunir seus escolhidos, não se valeria certamente das denominações e títulos dos vários credos religiosos para os distinguir; a virtude seria o sinal inconfundível por onde os descobriria, por mais dispersos e disfarçados que estivessem.

É pela virtude que as almas se irmanam entretecendo entre si liames indissolúveis. Os homens de virtude entendem-se num momento, ao passo que os séculos não são suficientes para firmar acordo entre aqueles que dela vivem divorciados.

Propaguemos a religião da virtude: só ela satisfaz o senso da vida, conduzindo o espírito à realização dos seus destinos.

Retirado do Livro: Nas Pegadas do Mestre
Autor: Vinícius
Editora: FEB 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Nobre Ideal do Homem de Bem

Queridos irmãos, boa noite, que a Luz do Pai Celestial esteja convosco hoje e para sempre!
Venho mais uma vez aqui, e sob o meu comando, esse menino se faz instrumento de nós outros que fizemos a grande viagem.
Venho mais uma vez vos dizer da nossa alegria em ter vocês como irmãos, como verdadeiros amigos e instrumentos do progresso ante a face do mundo.
Mundo esse que desde o século XIX vem passando por uma grave e constante transição.
Sois, sem o saberes, instrumentos dessa transição e o progresso que se avizinha já está entre vós desde há muito.
Foi por ordem da Espiritualidade Superior que estais nesse caminho e peço não se desvie dele.
É Importante a todos nós e mais ainda para o Planeta Terra.
As virtudes que carregam desde a saída das mãos do Criador e que agora desenvolvidas em nós, assim como a semente, necessita de dedicação, de cuidado para que no nosso dia a dia elas se tornem arvores e posteriormente frutos.
Talvez estejam por aqui ainda, caso não estejamos nossos descendentes verão o amanhecer dessa nova era que estamos falando e fazendo alarde desde o inicio.
Sigamos em frente, O Pai Celestial está conosco e nos guia.
Sejamos Luzes hoje e para sempre.

Um Irmão.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Regeneração



(MARCHA DO PROGRESSO)

(Paris, 20 de junho de 1869)

Desde longos séculos as humanidades prosseguem uniformemente sua marcha ascendente através do tempo e do espaço.

Cada uma delas percorre, etapa por etapa, a rota do progresso, e se diferem pelos meios infinitamente variados que a Providência dispôs em suas mãos, são chamadas a se fundirem todas, a se identificarem na perfeição, já que todas partem da ignorância e da inconsciência de si mesmas para se aproximarem indefinidamente do mesmo fim: Deus; para alcançarem a felicidade suprema pelo conhecimento e pelo amor.

Há universos e mundos, como povos e indivíduos. As transformações físicas da terra, que sustenta o corpo, podem dividir-se em duas formas, assim como as transformações morais e intelectuais que alargam o espírito e o coração.

A terra se modifica pela cultura, pelo arroteamento e pelos esforços perseverantes dos seus possuidores e interessados; mas, a esse aperfeiçoamento incessante devemos juntar os grandes cataclismos periódicos, que são, para o regulador supremo, o que são a enxada e a charrua para o lavrador.

As humanidades se transformam e progridem pelo estudo perseverante e pela permuta de pensamentos. Instruindo-se e instruindo os outros, as inteligências se enriquecem, mas os cataclismos morais que regeneram o pensamento são necessários para determinar a aceitação de certas verdades.

Assimilam-se sem abalos e progressivamente as conseqüências de verdades aceitas. É preciso um concurso imenso de esforços perseverantes para que se aceitem novos princípios.

Marcha-se lentamente e sem fadiga sobre um caminho plano, mas é necessário reunir todas as suas forças para transpor um atalho agreste e destruir os obstáculos que surgem. É então que, para avançar, deve o homem quebrar necessariamente a corrente que o liga ao pelourinho do passado, pelo hábito, pela rotina e pelo preconceito; a não ser assim, o obstáculo fica sempre de pé, e ele girará num círculo sem saída até que tenha compreendido que, para vencer a resistência que obstrui a rota do futuro, não basta quebrar armas envelhecidas e danificadas: é indispensável criar outras.

Destruir um navio que faz água por todos os lados, antes de empreender uma travessia marítima, é medida de prudência, mas será ainda necessário, para realizar a viagem, que se criem novos meios de transporte.

Entretanto, eis onde se encontra atualmente certo número de homens de progresso, tanto no mundo moral e filosófico, quanto nos outros mundos do pensamento! Minaram tudo, tudo atacaram! As ruínas se espalham por toda parte, mas eles ainda não compreenderam que sobre tais ruínas é preciso edificar algo de mais sério que um livre-pensamento e uma independência moral, independentes apenas da moral e da razão. O nada em que se apóiam não é uma palavra muito profunda somente por ser vazia.

Assim como Deus já não cria os mundos do nada, o homem não pode criar novas crenças sem bases. Estas bases estão no estudo e na observação dos fatos.

A verdade eterna, como a lei que a consagra, não espera para existir a aceitação dos homens; ela é e governa o Universo, a despeito dos que fecham os olhos para não a ver. A eletricidade existia antes de Galvani e o vapor antes de Papin, como a nova crença e os princípios filosóficos do futuro existiam antes que os publicistas e os filósofos os tivessem consagrado. Sede pioneiros perseverantes e infatigáveis!... Se vos chamarem de loucos como o fizeram a Salomão de Caus, se vos repelirem como Fulton, marchai sempre, porque o tempo, esse juiz supremo, saberá tirar das trevas os que alimentam o farol que deve,

um dia, iluminar a Humanidade inteira.

Na Terra, o passado e o futuro são os dois braços de uma alavanca que tem no presente o seu ponto de apoio. Enquanto a rotina e os preconceitos tiverem curso, o passado estará no apogeu. Quando a luz se faz, a báscula balança, e o passado, que já escurecia, desaparece para dar lugar ao futuro que irradia.

                                                                                                                            Allan Kardec