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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A Trindade Santa


        Para compreender melhor sobre o Cristianismo, deve-se começar por sua principal – e misteriosa – doutrina: a Santíssima Trindade. Como o próprio nome diz, é formada por três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que são o próprio Deus.

- O Pai é o CRIADOR e princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis. Citado desde o livro do Gênesis, é D’ele que vimos e para Ele que retornaremos. É o próprio amor, justiça e verdade. Sua ênfase como sendo o “Pai Nosso” é apresentada por Jesus nos trazendo a confirmação de que somos Seus filhos e criaturas amadas, pertencemos a Ele. É que cultuado e adorado por todas as religiões monoteístas.

- O Filho é o SALVADOR. Jesus Cristo, base de toda doutrina Cristã, é considerado além de mestre e messias, o Emanuel (Deus conosco), que veio para livrar-nos dos nossos pecados por meio do sangue derramado por Sua crucificação e, a partir disso, nos deixar a certeza da Ressurreição. Marca a renovação de um Era, tanto religiosa quanto histórica e filosófica devido o Seu reconhecimento.

- O Espírito Santo é o CONDUTOR da humanidade, o Espírito de Deus que habita todos os lugares durante todos os séculos. Ele falou pelos Profetas, esteve com Jesus de seu nascimento até a sua ressurreição e afirmou Sua grandiosidade no dia de Pentecostes, em que fez dos medrosos Apóstolos, corajosas testemunhas de Cristo. Atualmente  possui um amplo prestígio, principalmente entre as Igrejas Pentecostais e Neopentecostais e na Renovação Carismática Católica.

Mistério complexo de se entender em que três pessoas formam uma só divindade. Provavelmente jamais será perfeitamente compreendido por nós, humanos, pois nossa capacidade de raciocinar, é limitada. Estamos limitados, por exemplo, a um determinado tempo e espaço, criados por Deus.

Assim como os animais de um modo geral, em que, por mais inteligentes que forem, nunca terão raciocínio o suficiente para falar ou realizar qualquer outra atitude exclusivamente humana, nosso intelecto também é restrito. O enigma do Deus Trinitário está acima da nossa racionalidade, pois quem criou a mesma, foi a própria Trindade.

Porém, segundo o Catecismo da Igreja Católica, reconhecemos a razoabilidade desse mistério ao aceitarmos tal revelação. Isso se dá somente conhecendo-se o Pai através do Filho: “Ninguém vai o Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Eu estou no Pai e o Pai está em mim.” (Jo 14, 6-7; 11). Assim também o Espírito Santo através do Filho, chamando Este à vida terrena no ventre da Virgem Maria (Mt1,18), que O atestou como Filho amado (Lc 3,22), O conduziu (Mc 1,12) e O vivificou até o fim (Jo 19,30), expirando-O na cruz e, após a Sua ressurreição, doou-O aos Seus discípulos (Jo 20,22).

            Quando Deus decidiu-se por Si, visando o Seu amor a Seus filhos,  mostrou-nos que “Ele não é solidão, mas perfeita comunhão”, como disse o Papa Emérito Bento XVI. Se Ele fosse só e solitário, não poderia amar desde toda a eternidade. Com o simbolismo do número três, Ele nos confirma Sua infinita grandiosidade e perfeição, utilizado em muitas crenças e culturas como o algarismo da perfeição.

Como uma simples forma de esclarecer tal Dogma, podemos tomar como exemplo de comparação a substância mais pura e necessária para a sobrevivência: a água. Coincidentemente – ou não – ela possui três estados, representado pelo gelo, pela água propriamente dita e pelo vapor. São três formas completamente diferentes de uma mesma substância, formulação química e essência – assim como a Trindade. Indo ainda mais a fundo, o gelo melhor representaria o Filho, que toma uma forma sólida e concreta – no meio de nós. A água líquida, o Pai, que, por sua maleabilidade é capaz de estar em todos os lugares – em todas as diferentes religiões e credos monoteístas. Já o vapor, simbolizaria o Espírito Santo que, apesar de também estar em todos locais, muitos simplesmente ignoram a sua existência, porém sem ele a interferência dele não haveria o clima amenizado – não haveria a paz. Talvez por isso utiliza-se a água para sermos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Como aspecto último dessa análise, por toda a Sua perfeição, podemos sempre nos lembrar que a Trindade Una é completa porque é Amor. Já dizia Santo Agostinho que, onde existe Amor existe a Trindade: um que ama, um que é amado e um que é fonte de amor. 

A Perfeição da Santíssima Trindade se completa pelo amor e por amor

Por: Aelson Michelato Filho"

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