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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Segundo Milênio


Apaga-se o milênio. A sombra deblatera.
Vejo a noite avançar, do anseio em que me agito.
Guerra e sonho de paz estateiam conflito.
De pólo a pólo, a dor reclama em longa espera.

Explode a transição no ápice irrestrito.
A cultura perquire. A crença se oblitera.
A forma antiga, em luta, aguarda a nova era.
Roga-se tempo novo ao tempo amargo e aflito.

A civilização atônita, insegura,
Lembra um tesouro ao mar que a treva desfigura,
Vagando aos turbilhões de maré desvairada

Entretanto, no mundo, a nau que estala e treme,
A luz prossegue e brilha. o Cristo está no leme,
Preparando na terra a nova madrugada.

Poema do Espirito Cyro Gomes, psicografado por Chico Xavier.