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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Senhora da Justiça

Parece que se nubla o Sol quando ela chega...
Pode chegar de mansinho, em demorados ensaios, ou chega de modo abrupto, como um felino que salta sobre uma presa.
Num ou noutro caso, jamais é bem-vinda.
Pode ser que ela chegue anunciando renovações, liberdade e crescimentos, contudo, na base dessas bençãos, há sempre amarguras, dor e saudade.
Servidora de Deus em favor da Grande Vida, costuma ser rejeitada, abominada mesmo, e considerada como poderosa e intransigente inimiga, tudo por causa do pouco entendimento quanto a sua grave quão divina missão.
Parece que neve regelante se abate sobre todas as coisas, quando ela se apresenta...
Responsável por larga faixa do progresso do mundo e senhora da impoluta justiça, uma vez que não privilegia condições econômicas, culturais ou sociais, nem se curva a faixas etárias ou a vinculações, quaisquer que sejam, quãos poucos já conseguem ter paz perante seus sinais, e pouquíssimos já podem expressar alegrias diante dos seu anúncio.
O que lhe confere foros de verdade e caráter de permanência na vida humana é o fato de representar as leis divinas, e as leis de Deus visam sempre ao bem de todas as almas, filhas do Seu amor.
Se tu conheces a Jesus e admites a perfeição da vontade do nosso Criador, segue aprendendo, ainda que aos poucos, a respeitar esse ser, cuja presença tanto assusta e incomoda, desde tempos imemoriais.
Não necessitas prestar-lhe qualquer culto; nem precisas temê-la.
Basta que vivas nobremente no mundo, e que ensines aos teus a fazer o mesmo, porque, seja mansamente, como a luz do dia que dilui as sombras da noite, ou rápida e violenta, como o salto de um felino, a morte a todos envolverá com seu véu de narcotizantes essências, a todos transladando dos campos do passageiro aprendizado terrestre, para o Grande Lar da vida imperecível, no seio das estrelas.
Todas as suposições e todos os enganos se desfazem, quando, após superarmos duras pelejas e cumprirmos nossos deveres, saímos do mundo das sensações enganosas e mergulharmos no oceano de realidades que o amortecimento do corpo carnal permite ao Espírito imortal.
                                                                                           
Rosângela C.  Lima