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domingo, 9 de dezembro de 2012

Paraíso, Inferno e Purgatório



No Universo não há lugares circunscritos para as penas e gozos dos espíritos, pois eles são inerentes ao seu grau de perfeição.

Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça.

Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que o habitam.

Inferno e Paraíso são simples alegorias; por toda parte há Espíritos ditosos e inditosos.

A localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe.

Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreender.

Por "purgatório" devem-se entender as dores físicas e morais: o tempo de expiação.

Quase sempre, na Terra, é que fazemos o nosso purgatório e que Deus nos obriga a expiar nossas faltas.

Por "céu" não se deve entender um lugar onde os Espíritos estejam todos despreocupados, somente gozando a eterna felicidade.

Não; é o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores, onde os Espíritos gozam plenamente de suas faculdades, sem as tribulações da vida material, nem as angústias peculiares à inferioridade.

As expressões "quarto", "quinto" céus, etc., exprimem diferentes graus de purificação e, por conseguinte, de felicidade.

É exatamente como quando se pergunta a um Espírito se está no inferno.

Se for desgraçado dirá sim, porque, para ele, inferno é sinônimo de sofrimento.

Sabe, porém, muito bem que não é uma fornalha.

Um pagão diria estar no Tártaro.

Quando o Cristo disse: "Meu reino não é deste mundo", quis dizer que seu reinado se exerce unicamente sobre os corações puros e desinteressados, mas, um dia, o bem reinará na Terra.

Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus.

Essa transformação se verificará por meio da encarnação de Espíritos melhores, que constituirão, aqui, uma geração nova.

Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas, serão excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam.

Irão para outros mundos menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo em que trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.

E, então, a Terra será transformada.




Trecho retirado do livro: ABC do Espiritismo.

Autor: Victor Ribas Carneiro

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