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sábado, 9 de novembro de 2013

Conhecer-se a si mesmo



O que muitas vezes impede que vos corrijais de um

defeito, de um vício, é, certamente, o fato de não perceberdes que

o tendes. Enquanto vedes os menores defeitos do vizinho, do

irmão, nem sequer suspeitais que tendes as mesmas faltas, talvez

cem vezes maiores que as deles. Isto é conseqüência do orgulho,

que vos leva, como a todos os seres imperfeitos, a não achar

nada de bom senão em vós. Deveríeis analisar-vos um pouco

como se não fôsseis vós mesmos. Imaginai, por exemplo, que

aquilo que fizestes ao vosso irmão, foi vosso irmão que vos fez.

Colocai-vos em seu lugar: que faríeis? Respondei sem segundas

intenções, pois acredito que desejais a verdade. Fazendo isto, estou

certo de que muitas vezes encontrareis defeitos vossos que antes

não havíeis notado. Sede francos convosco mesmos; travai

conhecimento com o vosso caráter, mas não o estragueis, porque

as crianças mimadas muitas vezes se tornam más e aqueles que as

mimam em excesso são os primeiros a sentir os efeitos. Voltai um

pouco o alforje onde são colocados os vossos e os defeitos alheios.

Ponde os vossos à frente e os dos outros para trás e tende cuidado

para não baixar a cabeça quando tiverdes vossa carga à frente.

                                                                                                La Fontaine.

Retirado: Revista Espírita de 1863

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