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domingo, 20 de novembro de 2011

Aliança da Ciência e da Religião

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de ideias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos factos.
A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as consequências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.

 KARDEC, Allan - O Evangelho segundo o Espiritismo. FEB. 112ª ed. Rio de Janeiro. 1996. pg. 57

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Senhora da Justiça

Parece que se nubla o Sol quando ela chega...
Pode chegar de mansinho, em demorados ensaios, ou chega de modo abrupto, como um felino que salta sobre uma presa.
Num ou noutro caso, jamais é bem-vinda.
Pode ser que ela chegue anunciando renovações, liberdade e crescimentos, contudo, na base dessas bençãos, há sempre amarguras, dor e saudade.
Servidora de Deus em favor da Grande Vida, costuma ser rejeitada, abominada mesmo, e considerada como poderosa e intransigente inimiga, tudo por causa do pouco entendimento quanto a sua grave quão divina missão.
Parece que neve regelante se abate sobre todas as coisas, quando ela se apresenta...
Responsável por larga faixa do progresso do mundo e senhora da impoluta justiça, uma vez que não privilegia condições econômicas, culturais ou sociais, nem se curva a faixas etárias ou a vinculações, quaisquer que sejam, quãos poucos já conseguem ter paz perante seus sinais, e pouquíssimos já podem expressar alegrias diante dos seu anúncio.
O que lhe confere foros de verdade e caráter de permanência na vida humana é o fato de representar as leis divinas, e as leis de Deus visam sempre ao bem de todas as almas, filhas do Seu amor.
Se tu conheces a Jesus e admites a perfeição da vontade do nosso Criador, segue aprendendo, ainda que aos poucos, a respeitar esse ser, cuja presença tanto assusta e incomoda, desde tempos imemoriais.
Não necessitas prestar-lhe qualquer culto; nem precisas temê-la.
Basta que vivas nobremente no mundo, e que ensines aos teus a fazer o mesmo, porque, seja mansamente, como a luz do dia que dilui as sombras da noite, ou rápida e violenta, como o salto de um felino, a morte a todos envolverá com seu véu de narcotizantes essências, a todos transladando dos campos do passageiro aprendizado terrestre, para o Grande Lar da vida imperecível, no seio das estrelas.
Todas as suposições e todos os enganos se desfazem, quando, após superarmos duras pelejas e cumprirmos nossos deveres, saímos do mundo das sensações enganosas e mergulharmos no oceano de realidades que o amortecimento do corpo carnal permite ao Espírito imortal.
                                                                                           
Rosângela C.  Lima

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Convite à reflexão

Paz e Luz aos Leitores!
Escolha uma noite e deite-se mais cedo. Desligue a TV, ligue o som em volume baixo e coloque alguma música lenta que lhe seja bem agradável.
Feche bem a porta, fique só e peça para não ser incomodado. Se desejar apague a luz e ligue o abajur. Encoste-se na cama e reflita um pouco.
Pense em você e em sua vida. Pense em seus problemas, relacionamentos, prazeres e dores, observe-se como alguém lhe observaria de fora. Ao fim tire as conclusões você mesmo.
Análise:
  • Você se acha injustiçado por alguma causa ou por alguém?
  • Você sente prazer em viver?
  • Você acorda toda manhã com alegria de estar onde está?
  • Você acredita em alguma inteligência ou organização superiores que regulamentam as leis do universo?
  • Você acha que as coisas acontecem ao acaso?
  • Você acredita em coincidências?
  • Você acredita em sorte e azar?
  • Você acredita em destino?
  • O destino é fatalista ou pode ser mudado?
  • Acredita no amor e na fraternidade entre as pessoas?
  • Se você diz que acredita em Deus, você acredita que ele é perfeitamente justo?
  • Se a resposta for sim, porque você se sente injustiçado?
  • Você tem medo da morte? Se tem, porquê?
Analise profundamente seu interior e veja se tens colaborado suficientemente por sua felicidade e pela felicidades daqueles que te acompanham nessa jornada evolutiva.
Pense, reflita para que possamos evoluir cada vez mais, rumo à perfeição.

domingo, 1 de maio de 2011

Igreja Católica Reconhece Comunicação com Espíritos I

Dom Hélder se manifesta...
Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Helder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.
Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos. Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França.
Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.
Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados.Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.